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PROJETO SEMEAR AVALIA CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS

Em 2017, uma equipe de terapeutas da Fundação Altino Ventura passou a acompanhar os aspectos do neurodesenvolvimento de quase 200 crianças afetadas pela Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV). Essa avaliação é realizada por meio do “Projeto Semear”, coordenado por Dra. Camila Ventura, que é oftalmologista e chefe do Departamento de Pesquisa Científica da FAV.

O Semear é fruto de uma parceria entre a Fundação e a instituição filantrópica de pesquisa americana RTI, sendo financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH). O estudo terapêutico, que será concluído no final de 2022, envolve uma equipe multidisciplinar que avalia as funções motora e intelectual, além da adaptação dos pacientes às atividades do cotidiano.

Seguindo os critérios estipulados pelo Ministério da Saúde dos EUA, a pesquisa foca exclusivamente no neurodesenvolvimento de crianças afetadas pela Síndrome Congênita do Zika Vírus, sem qualquer outra infecção associada. Os pais e cuidadores, enquanto isso, são orientados pela equipe e ainda recebem apoio psicossocial.

De acordo com Dra. Camila Ventura, na fase inicial do trabalho foi desenvolvido um projeto-piloto. “Selecionamos 50 mães e passamos pelo primeiro teste, proposto pela RTI. Depois, passamos a acompanhar não só as crianças, mas também as famílias, para saber como elas têm se adaptado à rotina dos seus filhos, como a criança tem se relacionado com seu meio, como dorme e se comporta frente aos desafios e limitações decorrentes da síndrome. A cada três meses, novos dados são coletados e reavaliados”, pontuou a oftalmologista, ressaltando que a FAV foi pioneira ao realizar pesquisas científicas relacionadas à SCZV, em 2015, quando o Brasil foi acometido por centenas de casos.

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